Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva

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2013


19 de outubro de 2013

No dia 19 de outubro, membros do NESC foram convidados a apresentar os resultados da pesquisa sobre saúde de fumicultores, realizada em Rio Azul-PR, durante evento ocorrido no município de Prudentópolis-PR. Naquele município, na comunidade rural de Marcondes, aconteceu a I Feira das Sementes Crioulas, da Biodiversidade e em Favor da Vida e da Liberdade, promovida pelo Instituto Os Guardiões da Natureza (ING) e com apoio de diversas outras entidades. O objetivo do evento foi o de prestigiar e promover as práticas seculares de agricultura familiar, diante da intensa pressão que comunidades tradicionais vêm sofrendo para deixar ou modificar tais práticas, ao mesmo tempo em que se busca organizar formas alternativas de garantia de renda aos pequenos produtores, tais como o ecoturismo na região. Além do NESC, estiveram no evento o Secretário Nacional de Agricultura Familiar, Valter Bianchini, o promotor Saint-Clair Honorato Santos, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente, técnicos da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, Emater e outros. O NESC foi convidado pela presidente do ING, advogada Vania Mara Moreira dos Santos, militante na causa dos pequenos agricultores.


14 de outubro de 2013

No último dia 14 de outubro, o Prof. Guillermo Foladori, da Universidad Autonoma de Zacatecas (México), foi convidado pelo NESC para fazer uma preleção sobre o tema de seu livro, editado no Brasil em 2001, pela Editora da Unicamp, “Limites do desenvolvimento sustentável”. Em resumo, o prof. teceu uma crítica contundente às explicações correntes, tanto no meio científico quanto na mídia, sobre as chamadas crises ambientais. Para ele, tais explicações sempre se reportam ao tratamento técnico ou tecnológico dos problemas ambientais, e quase nunca ao aspecto central, que é o modelo de produção hoje hegemônico. Assim, o foco das soluções ou se concentra em como proceder com os insumos/recursos físicos, no sentido de economizá-los (vide o caso da água, da madeira, de certos minerais, petróleo, etc.), dado que seu desaparecimento implicaria em sérios problemas para a reprodução humana; ou então, o foco das soluções se dirige ao tratamento dos resíduos já resultantes dos processos produtivos. Neste último caso, entram em campo as diversas formas de reciclagem e de disposição final dos rejeitos, ou seja, sempre indicações técnicas. Como se vê, afirma o professor, o que nunca se coloca em xeque é a lógica do sistema capitalista de produção, ou seja, a análise quase nunca é de natureza social/econômica ou política. A lógica do lucro incessante, que é intrínseca àquele modo de produção, exige uma produção, quase sempre caótica, de bens e produtos que se destinam antes à acumulação do que ao atendimento das reais necessidades humanas. Daí resultam a superprodução, o superconsumo e correspondentes altos níveis de poluição e produção de lixo e dejetos, em escala praticamente incontrolável. Em resumo, esta forma de encarar a “solução” dos problemas ambientais seria aquela embutida no conceito de “desenvolvimento sustentável”, ou seja, soluções que passam longe da exigência de mudanças sociais e do modo de produção, mas soluções tão somente de ordem técnica, que não ameaçam, em última análise, a continuidade do modo capitalista de produção.


17 de junho de 2013

O Prof. Francisco Antonio de Castro Lacaz é conhecido pela sua produção crítica no campo da Saúde do Trabalhador. Docente da Universidade de São Paulo, no último dia 17 de junho de 2013, no Setor de Ciências da Saúde (centro), o professor foi convidado pelo Núcleo de Estudos da Saúde para falar sobre a “Saúde do Profissional de Saúde”. O professor discorreu sobre suas experiências em assessorar o movimento sindical nos anos 80. Em seguida, apresentou, em linhas gerais, o desenvolvimento da pesquisa que coordena “Gestão do trabalho em saúde em dois sistemas municipais do Estado de São Paulo: implicações operacionais e psicossociais para uma política de pessoal”. Segundo o Prof. Lacaz, a adoção, nos serviços públicos de saúde, de formas de gestão do trabalho que precarizam direitos, contratos, relações e condições/processos de trabalho é, hoje, uma regra. Os objetivos do projeto, cuja abordagem metodológica é qualiquantitativa, são a identificação e a análise das formas de gestão nos sistemas locais (públicos) de saúde de dois municípios de São Paulo (Embu e Guarulhos), as possíveis repercussões psicossociais na saúde dos trabalhadores e as formas de resistência. A perspectiva é que, a partir dos resultados do estudo, sejam adotadas políticas de proteção e promoção da saúde dos trabalhadores que atuam nos três níveis de complexidade daqueles sistemas de saúde, mediante mudanças de processos de gestão do trabalho e de estruturas de atendimento para o cuidado de trabalhadores acometidos de quadros mórbidos associados às repercussões psicossociais, como a fadiga e o estresse patológico e a síndrome de burnout, por exemplo.


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