Este estudo trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa com estudo exploratório. Desenvolvido através de referencial teórico sobre atemática, observação participante, coleta de dados, entrevista individual semi-estruturada. Tem como objetivo geral investigar as condições de vida e saúde das mulheres “do lar” moradoras na micro área 01 (um) da área de abrangência da Unidade de Saúde Santa Tereza, situada no município de Colombo, região metropolitana de Curitiba. Através da delimitação dos objetivos específicos e da elaboração de um instrumento foi possível contemplar e delinear o perfil das mulheres do lar, bem como analisar os problemas apresentados em relação a acessibilidade à saúde. Ademais, este trabalho teve também como um dos objetivos promover a integração das mulheres, que foram sujeitos deste estudo, ao movimento organizado da comunidade, no entanto, isso não foi possível, pois não houve aceitação da proposta, devido à dificuldade que elas encontravam de se ausentarem de seus lares, pois a responsabilidade com a família, ou seja, os cuidados e tarefas da casa e os filhos não permitem que as mesmas possam se inserir em uma atividade comunitária.

 Andréia Fabiana Bueno Buzzá – Desnutrição: Uma Abordagem Sobre As Concepções Maternas

O conhecimento adquirido e (re)passado entre as pessoas de significados e valores, sofrendo processo contínuo de transformações e reflexões entre os membros de uma sociedade formando-se, então, as concepções, que são os elementos-chave para a construção das representações sociais. De modo geral as representações sociais se manifestam em palavras, sentimentos e ações, devendo ser analisadas a a partir da compreensão das estruturas e comportamentos sociais, podendo ser vistas como estratégias dos atores sociais para enfrentar a diversidade e a mobilidade de um mundo que pertence a todos, sem desconsiderar a individualidade dos sujeitos. Seguindo esta linha de pensamento, a doença pode ser dotada de significados diferentes para os indivíduos, formando-se representações que podem orientar a prática dos sujeitos em relação ao seu estado de saúde. A ideia do presente estudo surgiu quando notamos, através de trabalhos anteriores relacionados a programas para a recuperação de crianças portadoras de desnutrição, a dificuldade dos cuidadores em seguir as recomendações e utilização dos suplementos para correção dos agravos nutricionais. Sendo assim, procuramos identificar a concepção da desnutrição nas famílias com crianças diagnosticadas como desnutridas pelos profissionais de saúde, utilizando-se dos conceitos das representações sociais. Empregamos em nossa investigação a abordagem qualitativa, através de entrevista semi-estruturada, com o intuito de analisar as interpretações, significados e explicações maternas sobre o diagnóstico de desnutrição. Acreditamos que conhecendo-se a percepção das famílias diante da situação, os profissionais envolvidos podem trabalhar o problema, respeitando ao mesmo tempo a cultura com a intenção de alcançar maior efetividade nas ações. Diante disso, a compreensão da representação social de tais enfoques, torna-se um importante aliado das ações de saúde. Notamos nesta análise que não há uma concepção formada sobre a desnutrição, mas uma atribuição de significados envolvendo prioritariamente a doença ou alterações no desenvolvimento das atividades rotineiras como foco para as explicações sobre o baixo peso. Quando isso ocorre, cria-se uma representação indireta sobre a desnutrição, visto que a mesma por si só não recebe a nomeação e conceituação de uma enfermidade por parte materna. Notamos que a desnutrição é invisível tanto para as mães como para os profissionais de saúde, ocupando uma posição periférica no processo saúde-doença. Provavelmente, a sobrecarga de trabalho e a gravidade aparente de doenças agudas acabem por chamar mais a atenção do serviço, passando desapercebida a doença crônica da desnutrição. Observamos o predomínio do enfoque biologicista nas atitudes profissionais que, conseqüentemente, podem direcionar a concepção materna para o mesmo caminho.

 Anelise Kraemer – A Escola Como Espaço Da Educação Em Saúde Bucal: Uma Proposta De Intervenção

A utilização da escola como um espaço de intervenção para educação em saúde bucal tem sido freqüente. O que falta, algumas vezes, é uma abordagem adequada que utilize a escola como ambiente propício para ações educativas problematizadoras, oportunizando discussões e possibilitando a conscientização da população. Torna-se importante a criação de um espaço para discussão e revisão de conceitos que também contribua para a troca de conhecimentos. Neste trabalho, adota-se a perspectiva de que convém trabalhar multiprofissionalmente os conceitos de saúde e higiene bucal na escola com alunos e professores do ensino fundamental, com o intuito de colaborar na formação de um pensamento crítico, que desperte uma postura participativa da comunidade escolar, contribuindo para a melhoria da saúde bucal e da qualidade de vida das crianças. Foram utilizadas diferentes técnicas combinadas de educação e motivação: meios audiovisuais e de diapositivos; colagem em textos de redação; textos para copiar e colar nos cadernos; pastilhas de eritrosina reveladoras de placa bacteriana e escovação supervisionada; enfim, um conjunto de recursos pedagógicos e motivacionais utilizados com o propósito da capacitação para o autocuidado, buscando mudanças para aquisição de hábitos saudáveis. Conclui-se que a educação em saúde realizada na escola é parte de uma intervenção ampliada que não depende apenas de boa intenção de profissionais de saúde. Esta visão inclui políticas públicas solidárias e includentes, ambientes de suporte para práticas saudáveis e a reorientação dos serviços de saúde para além dos tratamentos clínicos e curativos. Finalmente, esta visão culmina com propostas pedagógicas libertadoras, comprometidas com o desenvolvimento da cidadania, orientando-se para ações baseadas na melhoria da qualidade de vida e na promoção do homem.

 Cintia Mazur – Promoção À Saúde Da Mulher No Período Gravídico-Puerperal: Um Enfoque Multiprofissional

Trata-se de um estudo voltado para a assistência da mulher-mãe durante o ciclo gravídico-puerperal, com olhar direcionado para a identificação de situações de educação em saúde. Sua aplicação em embasamento deu-se por meio de uma metodologia proposta por Wall (2001, p.06), no período de abril e maio de 2004, numa Unidade de Saúde em Colombo, por meio de atividades educativas desenvolvidas junto a um grupo de mulheres-mães. As práticas educativas, além de fazerem parte dos princípios do Programa de Saúde da Família, são estratégias fundamentais na promoção e construção do conheecimento que corroboram para o crescimento do ser humano e estimulam o exercício da cidadania. Estas práticas dentro da Equipe de Saúde da Família, podem ser desenvolvidas por todos os profissionais componentes da equipe, desde que este, esteja preparado. É uma assistência diferenciada à mulher, pois a metodologia utilizada incentiva o profissional de saúde a perceber a mulher-mãe no seu singular e no integral, partindo do contexto da realidade de cada participante, valorizando o seu saber e suas expectativas, durante o ciclo gravídic-puerperal.

O envelhecimento populacional constitui um dos maiores desafios para a saúde pública contemporânea mundial. Com a transição demográfica, houve mudanças nos padrões de morbimortalidade, levando a um aumento das doenças crônico-degenerativas, as quais podem gerar incapacidades. Neste contexto, a avaliação da capacidade funcional tem se mostrado uma ferramenta importante para medir os impactos do aumento da expectativa média de vida e da prevalência de doenças crônicas na população geral e nos sistemas de saúde que prestam atendimento aos idosos. Este estudo avaliou as condições sócio-econômicas e demográficas, caracterizando as condições de saúde, através da avaliação da capacidade funcional para as atividades da vida diária e da presença de morbidades na população idosa residente na área de abrangência da Unidade de Saúde São Domingos do município de Colombo – PR. Foi selecionada amostra representativa de indivíduos com 60 anos ou mais, procedentes de uma área de abrangência do Programa de Saúde da Família, para a aplicação de inquérito domiciliar. O estudo revelou predominância do sexo feminino, precários níveis de escolaridade, baixas condições de renda, elevada proporção de arranjos domiciliares multigeracionais, quase a totalidade dos idosos fora da população economicamente ativa e proveniente da zona rural. No que diz respeito às condições de saúde, a população estudada apresentou uma alta prevalência de doenças crônicas, como hipertensão e artrose, e uma boa capacidade funcional quando considerada as atividades de autocuidado, diferentemente das atividades instrumentais as quais se apresentaram mais afetadas com prevalência muitas vezes maior do que a encontrada na literatura. Os conhecimentos gerados podem ser subsídios para a implantação de programas, para planejamento de estratégias de atendimento e intervenção adequados à realidade local.

 Eliza Meyer – A Opinião Do Agente Comunitário De Saúde Sobre Seu Trabalho

O Programa de Saúde da Família dá início a uma mudança no modelo de atenção primária à saúde, reestruturando-o no sentido de oferecer integralidade nas ações de saúde à comunidade, através da equipe multiprofissional e incorporando intervenções curativas, preventivas e de promoção à saúde. Propõe-se que o ACS seja um elo essencial na construção do veículo entre a equipe e as famílias e no processo de Vigilância à Saúde, a fim de acompanhar e intervir nos grupos vulneráveis ao adoecimento e às condições sócio-ambientais desfavoráveis. O presente trabalho é um estudo qualitativo participante, apoiado na metodologia da problematização, e tem como objetivo conhecer o significado e a finalidade do trabalho para os Agentes Comunitários de Saúde pertencentes ao Programa Saúde da Família da Unidade de Saúde Monte Carlos, no Município de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, Estado do Paraná. O serviço local conta com 16 ACSs que foram os participantes deste estudo e, por meio de dois encontros, o grupo representou a significação do trabalho, aparecendo, com clareza, que entende e compreende a principal finalidade proposta: “ser o elo entre o usuário e o serviço de saúde e a relação com a equipe de saúde”. Os dados obtidos possibilitaram visualizar as principais categorias que representam o dia-a-dia do trabalho do ACS. Os resultados revelaram a necessidade de um acompanhamento mais de perto com esses atores, ou seja, uma educação continuada realizada pela equipe de saúde, para que assim possam melhorar o seu desempenho e o desenvolvimento do seu trabalho.

 Flávio Henrique Mazzini – A Acessibilidade Ao Serviço De Saúde Bucal Na Perspectiva De Pessoas Portadoras De Deficiência No Município De Colombo-PR

A presente monografia teve o objetivo de caracterizar a acessibilidade à atenção em saúde bucal na perspectiva de pessoas portadoras de deficiência (PPDs). Para este propósito foram utilizadas, com roteiro, entrevistas semi-estruturadas. Foram selecionadas cinco pessoas portadoras de diferentes deficiências, sendo: uma portadora de paraplegia, uma de tetraplegia, uma de paralisia cerebral, uma de deficiência visual e uma que possui seqüelas de poliomielite. Foi observado, após o estudo, que o acesso sócio-cultural, que diz respeito às diferentes percepções do processo saúde-doença (percepção do usuário x percepção do profissional de saúde bucal), foi preponderante sobre as outras barreiras de acesso que antes da realização da pesquisa poderiam ser considerados preponderantes, tais como barreiras físicas e de organização dos serviços de saúde. Foi visto também que, muitas vezes, a comunicação (ou falta dela) faz com que as diferentes percepções já citadas “se choquem” e se tornem uma verdadeira barreira de acessibilidade ao serviço de saúde bucal pelo usuário. Conclui-se, então, que a relação profissional-usuário pode ser melhorada com cuidados básicos de comunicação, o que muitas vezes não ocorre.

Este resumo explora a relação que a comunidade da micro-área 2 do Programa de Saúde da Família da Unidade de Saúde Alexandre Nadolny – USAN – do município de Colombo-PR tem com o lixo produzido em seus domicílios. A reflexão para se pesquisar o tema surgiu durante minha atuação como residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, da Universidade Federal do Paraná, durante o processo de territorialização da área referida. Os objetivos propostos foram: investigar a correlação do acúmulo de lixo domiciliar com a qualidade de vida da população da área de abrangência da USAN; investigar a compreensão e os hábitos da população sobre a destinação do lixo domiciliar; relacionar a exposição ao ambiente com lixo domiciliar acumulado aos índices de morbidade e mortalidade na comunidade da área de abrangência da USAN; discutir com a comunidade da área de abrangência da USAN o resultado da investigação sobre a determinação do lixo domiciliar disperso no processo saúde-doença e implementar junto a essa comunidade uma atividade educativa para a destinação do lixo domiciliar. A metodologia utilizada para se investigar as questões referentes e para se atingir os objetivos propostos foi a pesquisa qualitativa e exploratória. Os dados foram coletados por meio da observação e da entrevista semi-estruturada, a qual ocorreu com 15 moradores que foram sujeitos desta pesquisa. Para responderem às questões, garantiu-se sigilo, o anonimato e o direito de desistirem da participação sem prejuízo pessoal, conforme preconizado pela Resolução 196/96. Na análise dos dados obtivemos as categorias: a compreensão e a composição do lixo doméstico; o acondicionamento e destinação do lixo doméstico; o ambiente e lixo na comunidade; o lixo e a saúde e a situação observada na comunidade. A conclusão foi que, considerando a percepção e a realidade vivida pelos membros da comunidade, o lixo passa de problema a uma possibilidade econômica importante, cabendo aos profissionais, com destaque para os de saúde por se encontrarem mais próximos à população, orientá-los corretamente para uma relação saudável e, em alguns casos, rentável para com o lixo que produzem.

 Gisele Fernandes Dias – Promoção De Saúde Bucal No Programa De Residência Multiprofissional Em Saúde Da Família, Da Unidade De Saúde Alexandre Nadolny, Colombo – Paraná

Esta monografia trata da inserção do Cirurgião-Dentista no Programa Saúde da Família, seus desafios e atividades tendo como propósito apresentar contribuições à nova área de conhecimento, o trabalho multiprofissional em saúde. Discorre sobre o trabalho de atenção à saúde bucal desenvolvido durante o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família com 68 famílias da área de abrangência da Unidade de Saúde Alexandre Nadolny (USAN), Colombo, Paraná, no período de Junho de 2002 a Maio de 2004. O trabalho desenvolvido apoiou-se nas ferramentas e nos princípios do Programa de Saúde da Família com os objetivos de: identificar os problemas de saúde bucal existentes nas famílias, sensibilizando-as para o cuidado através da assistência prestada; apresentar seu perfil epidemiológico e os dados da implantação do modelo de assistência odontológica coletiva e individual, desenvolvidos durante o Programa de Residência, além de suas repercussões na mudança de atitude, após o trabalho de atenção à saúde.

O presente estudo foi conduzido com o objetivo de analisar o trabalho desenvolvido pela Equipe de Saúde Bucal da Unidade de Saúde Atuba e pelos residentes cirurgiões-dentistas na visita domiciliar, procurando identificar as limitações dessa intervenção e buscando sugestões de como lidar com elas. A metodologia utilizada foi a aplicação de uma entrevista semi-estruturada com a Equipe de Saúde Bucal, composta por um odontólogo e uma atendente de consultório dentário, e análise dos dados presentes no relatório preenchido pelos residentes. Observou-se que, apesar da visita domiciliar propiciar ao profissional conhecer o contexto de vida das pessoas, ela apresenta limitações como: a não aceitação pelas pessoas às orientações dadas pela equipe, falta de tecnologia adequada para se realizar procedimentos no domicílio, e a dificuldade que o profissional se depara ao ter que realizar educação em saúde. As dificuldades existem e estas devem ser reconhecidas e discutidas pelos membros da equipe para que, juntos, possam buscar solucioná-las.

 Michele G. Figueira – Questões Emocionais Maternas E A Sua Interferência No Estado Nutricional De Seus Filhos: Uma Experiência Em Monte Castelo

Este trabalho teve como objeto de estudo mães de crianças com estado nutricional de risco ou baixo peso de uma Unidade de Saúde (U.S.) do Município de Colombo/PR. O desenvolvimento foi no período de setembro de 2003 a março de 2004. Os objetivos estabelecidos foram compreender o quanto a valorização, interesses e assertividades pessoais das mães, influenciam no estado nutricional de seus filhos; consolidar um grupo de mães; compreender a relação mãe e filho e sua influência no estado nutricional da criança e analisar a história das mulheres nas diversas fases do seu ciclo de vida. Para dar conta dos objetivos propostos a metodologia selecionada foi qualitativa exploratória e os dados foram coletados por meio de observação e diário de campo. As mulheres do estudo foram selecionadas a partir da coleta de dados antropométricos dos seus filhos, realizada na chamada nutricional e na pesagem mensal do Programa Bolsa Alimentação. A amostra foi de 10 a 12 mulheres. A metodologia participativa ocorreu em sete encontros onde foram utilizados materiais educativos-ilustrativos e linguagem acessível específica para a população. Os temas abordados durante os encontros foram: Gráfico de Acompanhamento de Peso em relação à Idade, Desnutrição, Tratamentos e Cuidados à Beleza e Arteterapia. A análise dos dados foi fundamentada na análise de conteúdo e anotadas no diário de campo. Observou-se as habilidades, competências, valores intrínsecos, os sofrimentos e as alegrias maternas e também a insegurança alimentar à qual estas mulheres estão submetidas. Os objetivos foram alcançados, além de oportunizar a compreensão de que, a desnutrição por ser um fenômeno complexo, é dependente de vários fatores externos a uma intervenção educativa e cabe ao nutricionista um repensar das suas atividades rotineiras utilizando sua criatividade e habilidade no enfrentamento de novos desafios.

 Olívia Dellagiustina – Representação Social Das Doenças Bucais E Sua Correlação Com Os Processos Educativos Do Programa Saúde Da Família

O objetivo do presente trabalho foi investigar o conceito de saúde e doença, enfocando dentro destes a saúde bucal, entre um grupo de mães residentes na área de abrangência da Unidade de Saúde São Domingos, município de Colombo, Paraná. Outro requisito observado na escolha da amostra deveria ser o fato de a mãe levar o seu filho às consultas de Puericultura, projeto do Programa Saúde da Família. A investigação se deu através de entrevistas semi estruturadas, as quais foram gravadas e após, transcritas. O segundo objetivo do trabalho era saber como a educação para saúde realizada nas consultas era vista pelas mães. Após análise dos resultados, pode-se perceber que apesar de o conceito de saúde e doença da comunidade ser amplo e cheio de representações, a saúde bucal ainda não é vista como integrante da saúde e pouco do que é passado de informações durante as consultas é apreendido e incorporado ao cotidiano das famílias.

 Sheyla Pawlowytsch – Concepções Maternas Em Relação Ao Corpo Na Gestação: Compreender Para Acolher

O Programa Saúde da Família – PSF – surge no cenário das políticas públicas em 1994, com o objetivo de reorientar o modelo vigente de atenção à saúde, com vistas à implementação do Sistema Único de Saúde – SUS. Nossa vivência no cotidiano do serviço, nos levou a perceber a necessidade de maior preocupação com a subjetividade do usuário, uma vez que o discurso oficial propõe um conhecimento, por parte do serviço, que vá além de informações puramente biológicas. Este estudo então procura avaliar o PSF a partir do seu usuário, utilizando a abordagem qualitativa como metodologia de escolha. Ao realizar a análise dos depoimentos, concluímos que há dissonância entre as proposições teóricas e o trabalho realizado pelo serviço, e que o PSF ainda apresenta contradições e dificuldades para que, conforme propõem os documentos oficiais, seja realizada a reversão do modelo, ainda alicerçado no modelo biomédico.