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17 de março de 2017

Cerca de 90% das mortes ocorreram em países em desenvolvimento, onde as regulamentações de saúde, de segurança e de proteção ao meio ambiente são frágeis. Dois especialistas em direitos humanos da ONU pediram novo tratado global para regulamentar e eliminar gradualmente o uso de pesticidas perigosos na agricultura e avançar em práticas agrícolas sustentáveis.

 

Dois especialistas em direitos humanos da ONU pediram nessa semana (7) um novo tratado global para regulamentar e eliminar gradualmente o uso de pesticidas perigosos na agricultura e avançar em práticas agrícolas sustentáveis.

De acordo com a relatora especial da ONU sobre o direito à alimentação, Hilal Elver, e o especialista das Nações Unidas para os direitos humanos e substâncias e resíduos perigosos, Baskut Tuncak, os pesticidas são responsáveis por 200 mil mortes por intoxicação aguda a cada ano.

Eles apontaram que cerca de 90% das mortes ocorreram em países em desenvolvimento – onde as regulamentações de saúde, de segurança e de proteção ao meio ambiente são frágeis.

“O uso excessivo de pesticidas é muito perigoso para a saúde humana e para o meio ambiente, e é enganoso afirmar que eles são vitais para garantir a segurança alimentar”, afirmaram os relatores em declaração conjunta.

Eles destacaram que a exposição crônica aos pesticidas tem sido associada ao câncer, ao Alzheimer e Parkinson, bem como a distúrbios hormonais e de desenvolvimento e esterilidade.

Agricultores e trabalhadores agrícolas, comunidades que vivem próximas a plantações, comunidades indígenas e mulheres grávidas e crianças são particularmente vulneráveis à exposição a pesticidas e requerem proteções especiais.

Os especialistas enfatizaram ainda a obrigação dos governos de proteger os direitos das crianças contra substâncias perigosas, alertando também que certos pesticidas podem persistir no ambiente por décadas e apresentar uma ameaça para todo o ecossistema, do qual depende a produção de alimentos.

Embora reconhecendo que certos tratados internacionais atualmente ofereçam proteção contra o uso de alguns pesticidas, eles enfatizaram que ainda não existe um tratado global para regular a grande maioria deles, deixando uma lacuna crítica no quadro de proteção de direitos humanos.

“Sem uma regulamentação harmonizada e rigorosa sobre a produção, venda e níveis aceitáveis de uso de pesticidas, a carga dos efeitos negativos dos pesticidas é sentida pelas comunidades pobres e vulneráveis em países que têm mecanismos de aplicação menos rigorosos”, enfatizaram os relatores da ONU.

Fonte original: ONU (clique aqui)

15 de março de 2017

O 1º Festival de Cinema 5 Minutos de Saúde Coletiva foi um evento organizado em dezembro de 2016 pelo NESC-UFPR e pelo Observatório do Uso de Agrotóxicos e integrou o Encontro de Saúde Coletiva da UFPR. Puderam participar estudantes maiores de 18 anos do ensino médio, da graduação universitária ou pós-graduação, além de bolsistas do programa Mais Médicos, que desenvolvessem filmes de no máximo 5 minutos de duração com um dos seguintes temas: Agrotóxicos e Saúde, Organização de sistemas e serviços de saúde, Privatização do SUS?, e o Programa Mais Médicos.
Foram selecionados os três melhores vídeos e premiados com valores que variaram de R$1000,00 a R$3000,00. Abaixo, seguem os filmes premiados, além dos demais vídeos inscritos que trataram sobre a temática dos agrotóxicos:

1º lugar: Quase saudáveis

2º lugar: Alimente a consciência

3º lugar: Mulheres na luta permanente! MST Mato Grosso!

Outros filmes sobre Agrotóxicos e saúde:

O uso de agrotóxico na opinião de agricultores

https://www.youtube.com/watch?v=MYTaZhTQi94&feature=youtu.be

Saúde do trabalhador rural

https://www.youtube.com/watch?v=VSwJ-9zU-mw&feature=youtu.be

A verdadeira história da branca de neve

https://www.youtube.com/watch?v=kE649ArE1yY&t=1s

Contos de fatos – o que vale mais

Agrotóxicos e saúde

15 de março de 2017

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Núcleo de Operação da Polícia Federal (PF) apreenderam 451 quilos de agrotóxicos importados ilegalmente. O produto estava escondido em um depósito em uma estrada rural de Terra Roxa, no oeste do Paraná, na tarde desta segunda-feira (13).

Os policiais chegaram até os agrotóxicos depois de uma denúncia anônima feita pelo telefone de emergência da PRF, o 191.

O responsável pelo imóvel, um homem de 55 anos, foi preso em flagrante por contrabando e armazenamento de substâncias tóxicas em desacordo com as normas legais.

Ele afirmou que emprestou o depósito para armazenar os produtos. Os agentes encontraram um quilo do mesmo tipo de agrotóxico dentro da casa do suspeito.

Segundo a PRF, os agrotóxicos de fabricação chinesa são inseticidas trazidos ilegalmente do Paraguai.
A ocorrência foi encaminhada à Delegacia da Polícia Federal em Guaíra, também no oeste do estado.

 

Fonte: G1

25 de setembro de 2016

Edição de agosto de 2016

Revista agricultura familiar e agroecologia

12 de setembro de 2016

Governo golpista faz manobras para liberação de milho transgênico sem aprovação no Brasil

A Campanha esteve presente na plateia da última reunião da CTNBio, órgão que autoriza o cultivos de transgênicos no Brasil. A reunião foi aberta pelo Ministro Kassab, e a todo instante os conselheiros foram pressionados a aprovar três variedades de milho transgênico. O motivo? Um carregamento dos EUA de mais de um milhão de toneladas estava pronto para vir. O problema é que os EUA não têm capacidade de separar os grãos transgênicos, de modo que não seria possível garantir que o milho embarcado para o Brasil fosse apenas das variedades já aprovadas aqui.

Bravos representantes do MDA e MMA pediram vistas ao processo, e impediram que fosse votado nesta plenária. A deliberação final  fica para o mês que vem, por isso é importante que a sociedade se manifeste. Houve fortíssima pressão do setor produtivo para liberar em caráter de urgência esta carga. Infelizmente, não havia representantes do Ministério Público na reunião e esse órgão não pode se omitir em fazer cumprir a observância do princípio da precaução para a proteção do meio ambiente, como afirma a lei de Biossegurança.

Após essa posição dos membros do MMA e do MDA, houve forte pressão dos representantes do MCTI, MDIC e MAPA e outros membros, para que os dois membros voltassem atrás no seu pedido de vistas, ou seja, para que a carga de transgênicos fosse liberada imediatamente. O pedido de vistas, declarado na plenária, baseou-se na falta de informações que deixassem claro a ausência de risco para a saúde e o meio ambiente a partir da liberação dessa carga de grãos.

É publico e notório que esses processos foram analisados em apenas 7 dias, como consta no site da CTNBIO, o que também subsidiou esse pedido de vistas pelos membros do MMA e MDA, que teve como motivação apenas questões técnicas e científicas.

Já os demais membros da CTNBio, que insistiam na liberação rápida do uso desses grãos, colocaram apenas argumentos econômicos. Segundo eles, os grãos serão para uso exclusivo de ração animal, e não serão cultivados. Mas é difícil garantir isso, pois podem ocorrer imprevistos, como roubo da carga, acidente durante o transporte, que podem causar danos sobre o meio ambiente, ou mesmo impactar a própria produção nacional de grãos, uma vez que eles não foram testados no Brasil, como deve ocorrer antes de qualquer liberação comercial.

Também foi colocado na plenária, como forma de pressão, que esse tipo de liberação de cargas de grãos será frequente nos próximos anos.

Para que serve a CTNBio? É um cartório, onde qualquer coisa é aprovada? Ou um lugar onde cientistas debatem a biossegurança?

O que certamente não ficara evidente para a população é que alimento é esse. Contaminado com transgênicos, agrotóxicos, ou seja, nos colocando, mais e mais, em situação de insegurança alimentar e sem soberania. Qual a qualidade do alimento que comeremos no governo Temer?

O Brasil exportou cerca de 30 milhões de toneladas de milho em 2015, e prevê 23 milhões este ano. E agora, precisa importar o lixo dos EUA, porque lá está sobrando, e porque o dólar está caindo, e porque aqui pode faltar. Esse é o “Agro” brasileiro: está pouco se lixando pro nosso país, só quer saber do seu lucro às custas da nossa saúde e do nosso meio ambiente.

 

Texto escrito e publicado pelo site da Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida. Para ver o original, clique aqui

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